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Dúvidas Frequentes

 

Respondo aqui a algumas perguntas frequentes e mitos sobre a Terapia de Vidas Passadas que podem ser de interesse comum. Se quiserem que eu responda novas perguntas, é só enviar pelo nosso formulário de contato!

 01  Crianças podem fazer Terapia de Vida Passada?

Sim. Evidentemente, o processo terapêutico utilizando a Regressão de Memória deverá ser diferenciado em relação aos adultos. O terapeuta que pretende atender crianças deve conhecer não apenas as técnicas regressivas mas, principalmente, as nuances do psiquismo infantil.

Em cada Etapa do desenvolvimento psicomotor da criança temos algumas funções psicológicas em desenvolvimento que devem ser observadas com muito critério para a aplicação da metodologia mais adequada.

No tratamento de crianças e adolescentes, vão ser aplicadas diversas técnicas e recursos que sejam adequados ao estágio de desenvolvimento psicomotor e cognitivo deste cliente. Além disso, a participação da família é de fundamental importância, tendo em vista que a maioria dos problemas relacionados à terapia com crianças e adolescentes possui um importante componente sistêmico, ou seja, envolve padrões e aspectos do grupo familiar e não exclusivamente da criança.

 

 

 02  À partir de que idade as crianças regridem?

O Terapeuta deverá realizar uma avaliação inicial em cada processo, pois não podemos generalizar que as crianças possam fazer a Regressão de Memória a partir desta ou daquela idade. A maturidade emocional e cognitiva, o processo de desenvolvimento psicomotor, dentre outros aspectos devem ser observados para a escolha da técnica.

É importante fazermos uma diferenciação entre a técnica da Regressão de Memória e o fenômeno regressivo. Com o adulto, normalmente, iremos utilizar uma técnica tradicional de Regressão de Memória com uma Indução, o desenvolvimento da sessão, onde o cliente é levado a vivenciar os conteúdos traumáticos que estejam ligados ao seu problema, e depois, uma etapa de Transformação, onde ajudamos o cliente a ressignificar os conteúdos vivenciados e ajudamos na modificação dos padrões e comportamentos na vida atual.

 Com crianças e adolescentes, serão utilizadas técnicas e recursos diferenciados que permitirão que acessem também este conteúdo mas de forma compatível com o Nível e Estágio de desenvolvimento em que se encontrem. Com isso, eles também “regridem”, pois acessam de uma forma protegida estes conteúdos. Daí a importância de que o terapeuta seja também um profundo conhecedor do psiquismo infantil e adolescente.

 

 

 03  Tem algum perigo em fazer TVP com Crianças?

Como temos dito, o maior perigo está no despreparo do terapeuta e não no processo em si.  No caso da Terapia de Vida Passada com crianças e adolescentes, o fator mais importante é o terapeuta conhecer profundamente o psiquismo infantil e as fases do desenvolvimento psicomotor até a adolescência. Depois disso, a escolha do método mais adequado para cada caso, minimiza qualquer tipo de risco existente. Em função da menor capacidade de racionalização em fases mais infantis, por exemplo, o terapeuta deverá privilegiar métodos mais lúdicos que abordem os conteúdos inconscientes sem a experiência vívida.

Muitas pessoas acreditam que as crianças poderiam sofrer traumas com a experiência de Vida Passada. Isto não é verdade, de modo geral. Um dos aspectos curiosos é que as crianças tem até muito mais facilidade de acessar os conteúdos inconscientes que traz do seu passado que os adultos. Sabemos hoje, que o processo reencarnatório só vai se completar na adolescência e que até os 8 a 9 anos, a criança tem maior facilidade de acessar, espontaneamente, esses conteúdos. Daí, muitas vezes a origem do terror noturno, “visões de amigos imaginários”, etc..

O mais importante é o terapeuta ter a consciência de respeitar os limites que o psiquismo da criança ou adolescente impõem. Observados esses critérios terapêuticos, o processo não oferece maiores perigos que uma terapia convencional.

 

 

 04  Posso regredir e não “voltar” do passado?

      Um dos grandes mitos existentes em TVP é o da possibilidade do indivíduo ficar “preso” no passado, seja por desejo próprio seja como conseqüência do processo. Isso se dá em virtude de uma compreensão equivocada de que se “vai” de fato ao passado. O processo regressivo representa a lembrança de situações que estão registradas em níveis inconscientes da pessoa que estão relacionados ao seu problema atual. As técnicas mais modernas em TVP utilizam induções verbais que provocam um leve estado ampliado de consciência, isto é, o indivíduo permanece o tempo todo consciente do processo e no controle da situação. Aliás, julgamos a consciência dos conteúdos vividos, fundamental no processo de transformação que se segue à Regressão

 

 

 

 05  Não posso levantar o “véu do passado” pela regressão.

          Não nos é permitido lembrar de nosso passado. Muitas pessoas, especialmente espíritas ou espiritualistas, acreditam não ser recomendado o processo regressivo por promover a lembrança dos conteúdos do passado que está naturalmente encoberto por uma espécie de véu. Alegam que, se fosse para ser lembrado, já nasceríamos com essa possibilidade.

      O esquecimento é realmente um mecanismo de proteção do psiquismo pois se, ao reencarnar, o indivíduo pudesse lembrar de todas as suas vidas passadas, sofreria um impacto profundo que impossibilitaria a estruturação de sua personalidade na infância.

      Isso não quer dizer, necessariamente, que o indivíduo não possa se lembrar de suas experiências anteriores com uma finalidade séria.

     Poderíamos, inclusive, dizer que o indivíduo não vai ao passado na regressão de memória: é o passado que já está no presente como manifestação no sofrimento ou sintoma da vida atual. O sintoma é uma ponta do passado que ainda não foi integrado de forma adequada no psiquismo.

      Assim, a TVP permite a elaboração desses conteúdos inconscientes e a superação dos seus efeitos na vida atual.

 06  Acho que não consigo regredir porque não consigo relaxar.

     As técnicas de relaxamento podem ser usadas como indução na Regressão de Memória, mas não necessariamente. Existem, hoje, diversos recursos que podem ser utilizados na indução de um processo regressivo tais como as associações de frases significativas repetidas pelo indivíduo, recursos imaginativos, induções verbais etc. Alguns autores chegam a afirmar que algumas vezes é incoerente pretender que o cliente relaxe para acessar situações extremamente tensas.    O fato de uma pessoa não conseguir relaxar não impede que ele passe pelo processo terapêutico, desde que o terapeuta conheça os recursos adequados para o desenvolvimento da terapia.

 07  A regressão pode causar um surto psicótico. Posso “pirar”?

      Não é o fato da TVP ser uma abordagem vivencial, isto é, onde o indivíduo experimenta emoções, sensações e insights intensamente, que a torna perigosa de um surto psicótico. Não é, também, a possibilidade de “revelações” sobre vivências passadas, sejam traumáticas ou pouco lisonjeiras, que pode causar uma desestruturação psíquica grave.      Todo processo psicoterápico, conduzido inadequadamente, poderá gerar um prejuízo psíquico no indivíduo. O mais importante é o processo ser conduzido por um profissional da área de saúde que esteja preparado para avaliar a necessidade e a indicação desse tipo de terapia. Bem conduzida, a terapia pode trazer resultados positivos ao indivíduo.

 08 Quantas regressões vou fazer para ficar bom? 

      

       Muitas pessoas julgam que vão fazer algumas regressões de memória e pronto! Ficarão boas de seus problemas. Mas, assim como todo processo terapêutico, a TVP exige um conhecimento amplo do cliente pelo terapeuta, sua história de vida, sua estrutura emocional e psicológica geral, histórico de outras enfermidades, etc.

     A TVP não se resume, como muitos ainda pensam, na aplicação da técnica regressiva. Na verdade, a regressão é apenas o primeiro momento de um processo que se completa com uma ampla intervenção nos aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais do indivíduo. A partir do material lembrado e tornado consciente pela regressão, serão desenvolvidos vários procedimentos para a transformação do indivíduo que vão muito além dos sintomas aparentes do seu problema.    

     Desta forma, não podemos nunca, a priori, definir se a pessoa vai superar sua dificuldade com uma duas ou três regressões como alguns processos prometem. 

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